Cracóvia-Polônia 3

06/julho 2015

Após o Yoga e o café, fomos conhecer a basílica Santa Maria, na praça do mercado, de 1355 é uma igreja gótica.

Não tivemos a oportunidade de ouvir, mas de hora em hora um trompetista toca Hejnał, uma música que é transmitida pelo rádio em toda Polônia .

Isto para relembrar que minutos antes da invasão mongol um trompetista foi morto com um tiro na garganta.

Em uma das naves está uma imagem em homenagem ao Papa João Paulo, a maravilha do trabalho artístico desta igreja e das cores em dourado, azul, vermelho e preto é de uma beleza extraordinária, não esquecendo de citar a iluminação transmitida pelos vitrais .

Como não foi atingida por bombardeios na Segunda Guerra Mundial, muitos dos seus prédios são originais, o que faz a visita à cidade ser uma volta no tempo.

A cidade é sede de uma das mais antigas e prestigiadas universidades da Europa, a Universidade Jaguelônica.

Uma observação interessante: Não vimos animais como gado no campo ou cachorros nas cidades, nada de animais.

Interessante também é ler ou assistir o filme “A lista de Schindler”, do Spielberg, e o best seller “O Menino do Pijama Listrado”, de John Boyne. 

Por estar perto de Auschwitz, é muito comum os turistas ao visitarem a cidade, passarem o dia no mais famoso campo de concentração da Europa. Viemos com o ônibus de excursão em espanhol que nos pegou ás 14h, a viagem com filme ilustrativo é de 1h30min.

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ATENÇÃO!
DICA: deixe tudo em seu  hotel pois tivemos que deixar nossas bolsas no ônibus. É permitido apenas pequenas bolsas e água, nada mais.

Vou contar parte da história:
Fundada em 1940, o portão da entrada anuncia: “O trabalho liberta ” .
O que fazia com que os Judeus pensassem que quanto mais trabalhassem mais cedo seriam libertos.
O Campo era para prisioneiros poloneses e mais tarde foi aberto para prisioneiros de todo mundo.
Foram 5 anos de absurdos e abusos humanos.
Neste primeiro campo são 300 edifícios para abrigar os judeus, 16.000 mil, somente nos primeiros blocos, total 1.500.000 de pessoas.
As paredes internas dos edifícios foram pintadas para que pudessem esconder as inscrições de seus crimes.

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As pessoas chegavam e ficavam apenas os que poderia trabalhar ou prestar algum serviço.
Os primeiros a chegarem foram os inteligentes, monges, professores, na intenção de impedir que a inteligência agisse. Das vítimas aproveitavam-se até dos cabelos, teciam e faziam as roupas para os guardas numa fiada interessante.
Seus objetos ficavam armazenas em 300 armazéns que chamavam Canadá, este nome porque tinham  o Canadá  como um país muito rico.
Vemos montanhas de objetos pessoais como pentes, próteses e até utensílios que usavam para comer e para defecar.
Os primeiros a utilizarem as câmaras de gás  demoravam 40 horas para morrerem e eram 700 em uma única câmara.
No subsolo haviam diversos tipos de celas para morrer, como celas fechadas para que morressem de falta ar, de superpopulação ou até uma pequena cela de 1m² para 4 pessoas em pé, sem luz e sem higiene e sem calefação.

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Os prisioneiros que saiam em grupos para trabalhar teriam que voltar com o mesmo número de pessoas, mortos ou vivo.
Passamos para o segundo campo de concentração, o maior, onde chegavam dentro de um pequeno vagão sem janelas e sem ventilação, nesta viagem estressante e desumana  os prisioneiros que não chegavam mortos eram escolhidos ou para morrer ou para trabalhar.
Este trabalho era de 10h ao dia com alimentação mínima, café negro pela manhã, 1/2 litro de sopa de legumes no meio do dia e 1 pedaço de pão com manteiga ou queijo a noite. Conseguiam permanecer no campo por 3 meses as mulheres e no máximo 5 meses os homens mais fortes.
Ao final da guerra, os Nazistas deixaram as câmaras de gás em ruínas, afim de esconder seus crimes,  mas nada adianta pois hoje milhares de turistas vem para vê-las e não esquecer os atrocidades cometidas.
Os alojamentos não eram aquecidos, a higiene era zero e a temperatura chegava a -25 graus de frio.
Os banheiros, poderiam ser utilizados apenas 2 vezes ao dia num período de 6 segundos por pessoas, eram longe e os vasos sanitários enfileirados sem divisão de paredes.

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O passeio terminou ás 18h38min e estamos mortos de cansados.

DICA: acredito que este passeio não deve ser feito durante o inverno.

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Cansados e sujos fomos direto para o jantar, no Lá Fonteine, francês na gruta e delicioso .

Em 1870, o governo Brasileiro fez uma grande campanha para atrair Poloneses e prometeram trabalho e uma vida melhor substituindo a mão de obra escrava: “Partiram atordoados. Libertavam-se da penúria, da opressão, da perseguição. Os que possuíam coração, os que amavam a mãe-terra, enxugaram as lágrimas em busca de areias cintilantes, para atirá-las aos olhos dos inimigos e cegar os tiranos.” Andrzej Dembicz.
A partir de 1870 começaram a chegar as primeiras famílias polonesas no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Originárias da Silésia, da arredores de Opole. A viagem chegava a durar de 20 a 30 dias, em navios super lotados, sem as mínimas condições de higiene.

 

07 de julho de 2015.

Dormimos um pouco e saímos após o café  em direção a Varsóvia .

Ficamos três noites e dois dias em Cracóvia, foi ótimo, mas para completar o passeio e não ficarmos tão cansados seria bom mais 2 dias: um dedicado aos 2 museus importantes de arte contemporânea e outro para ver o famoso quadro de Leonardo Da Vinci. Além de outros museus importantes e um dia para ir à mina de sal.

Teremos que voltar!

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– Em Cracóvia, Mikołaj Koperniko (Copérnico)  propôs pela primeira vez que o Sol, e não a Terra, era o centro do sistema solar.

– De acordo com o “Índice do Mochileiro de 2013″ (Backpacker Index) do site Price of Travel, Cracóvia é uma das cidades mais baratas do mundo para se fazer turismo – fica em 17º lugar em uma lista com 116 localidades.

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http://www.palacbonerowski.pl/

Rynek Glowny 42 Św. Jana 1, Cracóvia 31 013 Polônia.

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http://www.palacbonerowski.pl/

Na praça central da cidade.

O hotel é um pequeno casarão com quatro andares e os apartamentos são enormes e luxuosos.

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Vista do Quarto para a o Centro Historico.

Com o Restaurante Milano, http://www.palacbonerowski.pl/,  embaixo, com desconto de 20% por sermos hóspedes e o nosso cansaço, jantamos no hotel mesmo.

Após 2 horas de espera e um serviço péssimo, sentou na mesa de frente com a nossa, uma figura com os cabelos revoltos que eu demorei para me dar conta de quem era, porém o Wilson, no menos minuto falou: “Romam Polanski!”
Abrimos a internet para conferir e era pura verdade, era ele mesmo. Um dos mais famosos e prestigiados diretores de cinema do mundo, colecionador de Oscar e envolvimento em polêmicas.

 

 


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