Viagem á Índia – Rishikeshi

Rishikeshi

Na manhã seguinte, embarcamos para Rishikeski, cidade pequena, com ruas de terra e precárias, localizada ao sopé do Himalaia. Fomos para o Hotel Ganges, bem simples, mas com vista para o rio.
Rishikheshi Índia

Este local é totalmente diferente de tudo que vimos: é para meditação, tratamentos, massagens e meditação. As pessoas que estão lá têm as mesmas características, e as que vêm de fora ficam por um período para aperfeiçoarem os estudos de yoga, massagem ou meditação. Encontram-se muitos monges pelas ruas com concentração de ashanas. Também fomos à cerimônia do fogo.
Rishikeshi India

Em um dos dias, swami nos avisou que iríamos passar o dia na floresta e voltaríamos apenas ao anoitecer, por isso, teríamos que levar nossa comida e tudo que precisávamos. Paramos em uma rua de compras e compramos bananas e pão sem ovos (eles são vegetarianos e não comem ovos e derivados de animais). Subimos o Himalaia.  Vimos muitos idosos subindo para a floresta e isso é normal. Eles sobem para morrer na floresta, morar em grutas ou fazer suas próprias casas. Lá eles ficam meditando, desapegados do mundo material, às vezes descem e sobem com mantimentos.

Swami contou-nos que até os 16 anos, eles vivem nos ashanas para aprender. Depois continuam quando optam para vida espiritual até os 25 anos. Daí precisam submeter-se aos mestres até os 35 anos, quando decidem que vão permanecer é feita uma cerimônia: jogam tudo que tem no Ganges, inclusive os documentos e saem com uma bolsa de pano e uns panos que enrolam no corpo e precisam viajar em busca de algum loca. Com 50 anos são livres e ai existem ashanas, onde podem morar e ter vida livre. Aos 70 anos sobem para a floresta. Os homens comuns, aos 50 anos, precisam iniciar a preparação para o desapego.

Voltando ao nosso tour, paramos em uma gruta que foi de um guru. Hoje admirada, pode-se entrar e meditar nela. Às vezes fica uma fila na porta para entrar, mas é muito confortável ficar na gruta. Depois fomos para perto da nascente do Ganges, onde o rio è cristalino com água gelada e pura. A 6 km de distância já começa a receber tudo que jogam, e se torna poluído.


Ficamos boa parte do dia na gruta. Fizemos piquenique e o swami nos deu satsanga para a gente. Foi muito agradável e diferente.

Encontramos, às margens do rio, vários acampamentos que, se acredita, serem permanentes, aonde as pessoas vêm para alguma prática ou somente meditar e apreciar o rio por alguns dias. Havia um centro comercial e fomos a busca de anéis, mas foi difícil e, com o swami, compras ficam ainda mais difíceis, apesar dele ter a maior paciência nestes dias.

No Hotel, fiz uma massagem deliciosa e deveria ter feitas várias, se tivesse dado tempo.

Valéria Foz
Leia a primeira parte dessa viagem clicando aqui:

 

 

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